quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Semanal
O sol sem despertar, o relógio despertando, a água gelada e o café fervendo. Bom dia apressado, amarrotado e o primeiro ônibus. O pingado em um gole, horário sem tolerância, sem compreensão. Catraca, crachá, acesso permitido, acesso restrito. "Bom dia ! Bom dia !" Pela média e educação.
Passa horas até o banho maria, o vapor e a razão do segundo horário mais aguardado, estampado claramente no rosto sujo o contentamento de estar nas mesas mais preenchidas. Uma piada sem graça, o futebol, o alheio, o filme de ação, o automóvel e o cotidiano, consegue distrair e arrancar dentes aos berros de uma gargalhada. "Tarde sô !" Sai o homem pesado com o sono nas costas, para mais algumas horas.
Mais força e movimentos até o sol anunciar mais um dia com o seu descanço.
Ele se foi, o seu calor já não toca os póros.
Amarrotado da roupa ao rosto o homem se vai. Banho e xampu, o jantar, o telejornal e a telenovela. Boa noite, sem força, o despertador ajustado, o creme dental e a escova.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Peso decisório
Cordas, objetos perfurantes, remédios, altura, excessos...
São alguns pontos de parada da viagem longa, que o deixou feito judas malhado no poste da periferia que tinha costumes. O peso do mundo nas costas e avaliação de tudo e todos.
Mais algumas horas serão consumidas, até decidir em qual ponto parar, ou se deve parar.
Enquanto isso, carros iluminam um pouco mais as cortinas do quarto do individuo entre quatro paredes, sobre luz do abajour e no reflexo do espelho velho rachado. Os carros seguem sua trajetória sem ponto de parada talvez, afinal, ninguem sabe quem está no interior de cada um dos automóveis.
Noite fria, copos com grandes doses e cigarros, muitos cigarros.
Disco, lado A e lado B nos acordes e estrofes amargurantes e prazerosos que tocou até ali.
Tocou a campainha.
Está decidido.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Um brinde
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